23.5.03  



Roubei daqui (ótimo esse blog, por sinal). Pra quem quiser mais, o site da Maitena fica aqui.
   



   21.5.03  
Se alguém aqui já lia esse blog há um ano atrás, talvez se lembre do dia em que eu (não) fiz o Provão. Agora chegou a cartinha do MEC com a minha inscrição para o Provão desse ano. Tô ficando viciada nesse negócio de Provão. E o pior é que nem tenho certeza se vou me formar esse ano ou não, então ainda há chance de daqui a um ano o MEC gastar mais papel e remessa me enviando aquele questionário que eu não completo nunca.

Mas já foi pior, eu já fui viciada em vestibular. Não sou burrinha assim como vocês estão pensando, não tive que tentar várias vezes nem nada, eu passei em todos eles. Mas compulsão é compulsão. Eu não podia ver um vestibular que quando percebia já tava lá fazendo. Uma coisa.

Atenção, este post será interrompido dentro de três segundos. Eu termino assim que sair do inferno anual das planilhas de orçamento. Se eu sair viva, logicamente.
   



   19.5.03  
Tirem essa bola gigante e latejante de cima do meu pescoço e devolvam a minha cabeça. Obrigada.
   
 
Momento quem pergunta quer saber:

Mãe, se o Homem-Aranha é um mutante, porque ele não está no filme dos X-Men?

Nessas horas eu fico feliz por não ter filhos.
   



   15.5.03  
Tudo indica que hoje minha mãe volta pra casa com o bendito interferon peguilado e vai - finalmente - começar o tratamento contra a Hepatite C. Um absurdo que pra conseguir um medicamento que pode ser simplesmente a garantia de vida de muitas pessoas demore tanto tempo (que pode ser fatal) e seja preciso tanto trabalho. E um mandado judicial. Ficamos até orgulhosos, porque é a primeira vez que a família ganha alguma coisa, e qualquer coisa tá valendo, nem que seja um processo na justiça contra o Estado, pra conseguir o que já é nosso por direito.

Agora é torcer por um final feliz pra essa história. :)
   
 
Kit Bienal: sapato confortável, disposição, muita (mas muita mesmo) paciência pra enfrentar a multidão, e, é claro, cartão de crédito. Já preparou o seu?

O meu está prontinho.
Caronas serão bem-vindas.
   



   14.5.03  
Experimente carregar uma bolsa pesada, uma pasta que faz a bolsa parecer leve e ainda segurar as calças. Porque o fecho da minha calça fez o favor de arrebentar ontem, e nem dava pra arriscar deixar só o botão segurando, porque o botão já tinha caído há várias semanas atrás. Pior é que pouco tempo antes dele arrebentar, tínhamos passado por uma loja que anunciava roupas em "modelagem ampla", com tamanhos até 70, e vocês podem imaginar o tipo de gracinha que eu tive que ouvir.

Como o dia não tinha acabado, eu ainda precisava pegar um ônibus e assistir uma aula, tive que me virar com uma calça emprestada. Que era um tamanho menor que o meu, de jeans com strecht (?) e cintura (bem) baixa. Enquanto vestia, já estava me sentindo a própria Kelly Key. Mas para decepção (e surpresa) geral, a calça ficou bem folgada, e a cintura não ficou tão baixa. E ela é tão, mas tão confortável, que estou pensando seriamente em adotar o modelito.
   
 
Domingo é dia de teatro a um real.
   



   13.5.03  
Jacarepaguáélongepracaramba, mas Campo Grande é muito mais.
   



   12.5.03  
Os vizinhos da Angélica - parte 3

Vou deixar meus vizinhos em paz essa semana, porque quando há duas obras acontecendo ao mesmo tempo no prédio, nos dois apartamentos que ficam imediatamente acima do seu, todos os outros vizinhos passam a ser as pessoas mais agradáveis e simpáticas e silenciosas do mundo.
   
 
Sempre que eu decido que "dessa vez vou atualizar o blog com freqüencia" algo me impede, como vocês já devem ter percebido. Dessa vez foi uma necessidade estranha e diária de dormir cedo, antes de meia-noite, coisa que não acontecia desde que eu tinha uns sete meses de idade. E pra quem tem conexão discada e uma conta bancária como a minha, dormir cedo significa esquecer a internet.

Mas pelo menos eu encontrei minha pasta amarela com os textos que eu preciso para levar adiante o meu projeto-secreto-macacos, que não é secreto e não tem nada a ver com macacos. Porque eu levei meses procurando um livro, esgotadíssimo e que não existia em biblioteca nenhuma, até descobrir que existia em uma biblioteca, mas era a primeira edição, velhinha, velhinha, e não era permitido xerocar. Aí foram alguns dias gastando toda a minha lábia pra convencer a bibliotecária da boa ação que ela estaria fazendo se xerocasse pra mim, só uma vez, não ia fazer mal nenhum. Consegui o livro e levei pra casa e usei pro meu trabalho e guardei na pasta amarela e os anos se passaram e a pasta amarela foi esquecida e eu me mudei e quando precisei do texto novamente - mês passado - a pasta amarela tinha desaparecido e ninguém tinha tocado na pasta porque afinal ninguém nunca tinha visto essa pasta.

Mas como eu não sou completamente louca, sabia que ela existia e, portanto, estava em algum lugar. O problema é que, a essa altura, o lugar poderia ser o lixão de Gramacho.

E aí chega o final feliz: hoje a pasta amarela foi encontrada (que emocionante) dentro de um box (sim, um box de banheiro, aquele lugar onde nas casas normais costuma ficar o chuveiro) embaixo da caixa com enfeites de natal, que por sua vez estava embaixo da caixa da árvore de natal, que por sua vez estava embaixo de, bem, de muuuuita coisa que eu não vou detalhar. E agora está aqui, me olhando e me lembrando que eu não tenho mais desculpas para não começar a trabalhar logo.

Difícil é entender como um objeto pode se esconder tão bem sem a ajuda de ser humano nenhum. Pra vocês verem como essa pasta é especial.

   



   3.5.03  
Auto-retrato aos 56 anos
Graciliano Ramos

Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas
Casado duas vezes, tem sete filhos
Altura 1,75
Sapato n.º 41
Colarinho n.º 39
Prefere não andar
Não gosta de vizinhos
Detesta rádio, telefone e campainhas
Tem horror às pessoas que falam alto
Usa óculos. Meio calvo
Não tem preferência por nenhuma comida
Não gosta de frutas nem de doces
Indiferente à música
Sua leitura predileta: a Bíblia
Escreveu "Caetés" com 34 anos de idade
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Gosta de beber aguardente
É ateu. Indiferente à Academia
Odeia a burguesia. Adora crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis,
Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Gosta de palavrões escritos e falados
Deseja a morte do capitalismo
Escreveu seus livros pela manhã
Fuma cigarros "Selma" (três maços por dia)
É inspetor de ensino, trabalha no "Correio do Manhã"
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Só tem cinco ternos de roupa, estragados
Refaz seus romances várias vezes
Esteve preso duas vezes
É-Ihe indiferente estar preso ou solto
Escreve à mão
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano,
José Lins do Rego e José Olympio
Tem poucas dívidas
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Espera morrer com 57 anos.
   



   1.5.03  
Os vizinhos da Angélica - parte 2

Eu sou evangélico e guitarrista. Resolvi reunir o útil ao agradável e montei uma banda gospel. Os ensaios são no meu apartamento. Eu também gravo as nossas músicas e coloco bem alto, pra vizinhança poder escutar. Sabe como é, tenho que testar a reação do público.
   



   29.4.03  
Alguém já ouviu falar em overdose de bolo de rolo? Se eu continuar nesse ritmo, já já vocês receberão um comunicado do primeiro caso da história.

E por falar em história (nada a ver com o que eu vou falar, enfim...), estou adorando estudar paleografia. Me divirto tanto tentando decifrar meus ("meus" é ótimo!) processos inquisitoriais. É o tipo de coisa completamente inútil, mas que me faz feliz.
   
 
Não consigo descobrir uma forma educada de avisar à faxineira que eu não gosto que ela mexa nas minhas gavetas. Porque eu tenho certeza que, por mais delicada que eu seja, ela vai ficar ofendida. Na primeira vez que ela fez isso eu não gostei, mas ela fez com tanta boa vontade e tão boa intenção, que eu não tive coragem de reclamar. Aí ela acha que eu gosto e faz sempre. E eu me irrito, me sinto invandida, incomodada, mas não falo nada. Esse negócio de faxineira me esgota. Eu fico tão preocupada que parece até que ela é que me paga.

E o agravante é: se ela não mexer nas gavetas, quem vai arrumá-las?

   



   27.4.03  
Meu carro passou dois dias e duas noites estacionado na rua com o vidro aberto. Nada aconteceu. Não levaram nem o rádio que tava lá dando sopa.
Agora que já gastei minha sorte toda, nunca mais jogo na megasena.
   
 
Os vizinhos da Angélica - parte 1

Olá, eu sou o bebê histérico. Estou treinando para bater o recorde de choro contínuo. Até o momento já consegui ficar 20 horas chorando sem parar.

Nós somos o novo casal. Nos mudamos há pouco tempo. Mas nossa casa já está toda arrumada, porque trabalhamos duro, de uma às quatro da manhã, montando as estantes e arrastando os móveis. Agora, com tudo pronto, aproveitamos o silêncio da madrugada para assistir filmes com a televisão no volume máximo.
   



   25.4.03  
De volta ao trabalho (porque uma hora essa folga tinha que acabar, né?):

- E aí, comeu muito chocolate?
- Comi.
- Percebe-se!

Haha, que engraçado.
   



   24.4.03  
Falando em sebo, recebi esse texto do Drummond, que eu não conhecia. Se você também é desses que adora sebos, se emociona quando encontra um livro especial, e acha que "procurar, mesmo não achando, é ótimo", vale a pena ler.
   
 
A Nanda fez um comentário no post aí debaixo que merece um post novo, porque ela esqueceu de dizer que não estava sozinha na loja de móveis. É claro que a idéia de ir à loja de móveis foi minha, porque eu adoro esse tipo de programa de índio. Na verdade, pra quem consegue se divertir ouvindo (e cantando) um CD com a história da Bíblia musicada para crianças, que ninguém até agora conseguiu descobrir de onde surgiu (dentro de uma cessssta, tem um bebê dentro da cesssssta!), não existe programa de índio.

E se a gente já estava se divertindo muito na loja, rindo dos móveis toscos, criando historinhas e tendo idéias para filmes, imaginem a surpresa quando descobrimos decorando uma das estantes à venda não apenas um livro da Clarice Lispector, mas também um Ernest Hemingway e um Cortázar. Fizemos um escândalo tão grande que a loja inteira parou pra olhar.

Sem falar no "O Homem ao Zero", mas esse é uma piada-interna-tão-interna que nem o Daniel entendeu quando eu sentei numa cama pra me recuperar do acesso de riso.

   



   22.4.03  


Não é ótimo quando um filme é muito mais do que a gente esperava? Melhor que isso, só se antes do filme você encontrar num canto do sebo, quietinho, te esperando, uma edição de "Sonhos de um Sedutor" (Play it again, Sam, de Woody Allen).


   
 
Meus bombons foram o maior sucesso. Nem eu acreditei que ficariam tão gostosos.
Mas vai tentar convencer meu avô que eu fui eu mesma que fiz!
   



   20.4.03  
Bacalhau, camarão, piscina, praia, livros, namoro, cinema, chocolate. E ainda estamos na metade do feriado. ;)

Feliz Páscoa!
   
 
Meu monitor, ao que tudo indica, morreu. Arrumaram um esquema aqui com um monitor antigo (diretamente do cemitério de computadores que tem no quartinho), e não sei explicar direito como ficou, só digo que não é nada prático, nem confortável. E a definição das cores é uma maravilha, vocês nem imaginam.

Mas, sinceramente, quem se importa com um monitor quando tem toneladas de chocolate bem aqui, ao alcance das mãos (e da boca)?
   



   16.4.03  
Diálogo em família (pelo telefone):

- Pai, não vai dar tempo de passar em casa, vou direto pro aniversário da Angélica, mas o presente ficou aí, você pode levar pra mim?
- Claro! Onde está?
- No meu armário. Na primeira ou na segunda gaveta.
- Espera aí.

(...)

Muuuuito tempo depois:
- Qual é o seu armário??

Fiquei sem presente. :(
   
 
Obrigadinha a todos que comentaram, escreveram e telefonaram pra me desejar Feliz Aniversário.
Foi muito feliz mesmo.

E ainda ganhei os presentes mais lindos de todos os tempos. Principalmente porque eles estavam todos escondidos pela casa, e me senti uma criança, rodando a casa toda, atrás dos cartões com as dicas. Por isso, um obrigado especial à pessoa que me proporcionou isso.

E agora, voltamos à nossa programação normal.
   



   15.4.03  
Hoje é meu aniversário. Façam o favor de me dar os parabéns. ;)
Se vocês forem bonzinhos, eu juro que volto a escrever aqui com freqüência. (e isso não é uma ameaça, tá?)
   



   11.4.03  
Coisas que eu sou obrigada a ouvir
ou Meu ouvido é pinico

"Eu não gostei de As Horas. Não me identifiquei com nada, porque eu não sou lésbica. O filme é sobre 3 mulheres infelizes, que vivem em depressão, e elas são infelizes porque são lésbicas! Tanto que na primeira oportunidade elas beijam uma mulher."
   
 
Quando eu for à Suécia, ela vai me levar pro pro Pólo Norte de carro. ;)
   
 
Teoria da relatividade:

Quando uma pessoa muito burra vira uma pessoa somente burra, você começa até a achar que ela é inteligente.
Será que ela já aprendeu o que é paradigma?
   



   6.4.03  
Trabalho, faculdade e ainda o francês. Pensamentos na monografia e no projeto do mestrado. Casa pra arrumar e roupa pra lavar e passar. A única camisa limpa da casa no momento é da Nanda e tá correndo um sério risco (ela vai ter um treco quando ler isso). Pelo menos não preciso cozinhar (por falta de ingredientes hehe). Desisti de comemorar meu aniversário em casa, não consigo me organizar.

Esse negócio de ser tudo-ao-mesmo-tempo-agora não funciona comigo. Simplesmente não funciona. No final, não consigo ser uma boa profissional, nem uma boa estudante, nem uma boa dona-de-casa. Ao mesmo tempo sei que abrir mão de algum desses "papéis", qualquer um, não será solução. Porque eu quero, e preciso, de todos. Só que ainda não aprendi a lidar com isso.

Atualizar esse blog, definitivamente, não está entre as minhas prioridades.
Mas vou tentar, porque até que eu tô sentindo falta.

   



   31.3.03  
20 e poucos anos:
Oba! A festa está cheia!Vamos dançar?

20 e muitos anos:
Tá muito cheio isso aqui! Não vamos arrumar lugar pra sentar!

Hohoho. Fiquei feliz porque descobri que minhas amigas também estão virando velhinhas corocas.
Mas há muito tempo eu não me divertia tanto quanto na festa da Nanda, apesar de não ser uma convidada! (haha). E de ninguém ter me avisado que estava tendo um show (hahaha). Sabe aquela expressão "me mijei de rir"? Foi quase.